quarta-feira, 19 de setembro de 2018

REDES

Flodoaldo Santos

Oh rede que me conduzes
À insônia, à tentação
À inquietude, às cruzes
Às dores, à indignação
Aos prazeres, à pacificação...

Rede que pelo mundo opina
Em redes de crime, de corrupção
De chacina, de propina,
De tv, de internet, de prostituição,
De amigos, de pescar, de oração...

Quando és rede de dormir
Rede de tábuas, de cetim
De algodão ou de brim...
É prazeroso te sentir

Levas-me ao meu bem
Em suave sono e com magia
A uma viagem ao além
Aos sonhos, à fantasia
Às orgias, às alegrias!...


Atada em meu barraco,
Em meu porto, árvores, ponte
Tapiris, varandas ou barco...
Ao embalar do vento
Das ondas, de um amor sedento

Em ti navego em céus
Em livros, em sonhos
Livre, nu, sem véus

Repouso em teu regaço
Onde meu amor amasso
Em forte abraço...

Viajo ao paraíso, para a calma...
Nesta rede sim
Transcende minh ‘alma!




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