domingo, 30 de maio de 2021

O CORDEL MARIAS DO CÉU E MARIAS DA TERRA É LANÇADO NO RIO FURTADOS, EM CAMETÁ-Pa

Como parte do projeto selecionado pelo edital de Patrimônio Imaterial na categoria Saberes de Mestre - Lei Aldir Blanc Pará, com apoio cultural da FIDESA - Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia, Secult, Governo do Pará, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo,  Governo Federal e ainda apoiado  pela UNAMA - Universidade da Amazônia e sua Rádio FM; o escritor cametaense, Flodoaldo Santos lança em seu Rio Furtados no dia 29 de Maio de 2021, no Barracão Comunitário da Igreja de Nossa Senhora das Graças,  o seu terceiro cordel MARIAS DO CÉU E MARIAS DA TERRA, pela Editora IMPRIMATUR CORDEL.

Flodoaldo Santos,  foi convidado pela Sra Professora Maria Aparecida Maia, Diretora da Escola Estadual Raimundo Ignácio Ferreira,  para participar de uma palestra ministrada pelas professoras Edilene Corrêa, Maria do  Socorro Maia e Rosely Costa dos Santos, sobre ervas medicinais.

Ao informar que o seu próximo cordel está projetado para ser batizado com o título ERVAS E ERVEIRAS DO  VER-O- PESO, o cordelista furtadense,  surpriende agradavelnente os docentes e discentes presentes ao distribuir gratuitamente sua mais nova obra literária. 

Ato contínuo,  Flodoaldo Santos e o Rio Furtados, recebem pela terceira vez, a visita da Flotilha dos Skisitos,  comandada pelo mestre náutico, advogado e também escritor, Aluisio Meira. Mais uma vez o poeta ribeirinho, aproveitando a feliz e excelente  oportunidade,  faz nova distribuição gratuita de sua literatura de cordel, não  somente para os 13 pilotos da Flotilha como também para seus familiares e amigos presentes.

Dentre seus familiares presentes, a sua esposa Catarina e sua filha Daniele Siqueira,  foram escolhidas para serem homenageadas e surpriendidas com a primeira dedicatória do autor. Em seguida, o Mestre Náutico, Aluisio  Meira, é premiado com o primeiro autógrafo e o primeiro cordel da Flotilha dos Skisitos. Na ocasião,  a Flotilha brinda o casal com uma camisa e um boné da IV Expedição da Flotilha,  de Marabá-Rio Furtados Cametá-Belém.


Neste dia 31 Maio,  último dia do mês mariano, o cordel dedicado às MARIAS,  é cortesiado aos fiéis
presentes na cerimônia religiosa da Igreja de Santa Maria,  na Ilha Grande de Furtados, chão natal de sua querida MARIA CATARINA.

Em seu projeto original, Flodoaldo quis tornar pública sua obra,  em ato solene, no Centro Universitário do Tocantins, em Cametá-Pa, onde se graduou em Geografia e lançou seu primeiro livro, O PORTO DE CAMETÁ NO ESPAÇO DE CIRCULAÇÃO  mas,  por restrições impostas pela crise pandêmica que vive o planeta, teve que buscar outras alternativas,  com maior segurança sanitária que, felizmente, tem dado maior alegria ao autor e a seus leitores mais próximos do seu chão natal.

PALAVRAS DO AUTOR:


O ADEUS DO MESTRE NÁUTICO ALUÍSIO MEIRA:




MAIS FOTOS DO LANÇAMENTO DO CORDEL MARIAS DO CÉU E MARIAS DA TERRA NA IGREJA DE SANTA MARIA, EM ILHA GRANDE DE FURTADOS - CAMETÁ-Pa:








































































quarta-feira, 12 de maio de 2021

A RESILIÊNCIA DO CORDEL BRASILEIRO

Por Francisco Martins 

Todos sabemos que o cordel brasileiro deve seu crescimento e estruturação  a Leandro Gomes de Barros (1865 - 1918).  Entretanto, é inegável dizer que bem antes dele já existiam folhetos de cordéis que eram lidos, a saber:

1) "Cantigas Oferecidas aos Moleques" (1824) - descoberto pelo pesquisador Victor Ramos, impresso em Paris.

2) "A Pedra do Reino" (1836) -  que o pesquisador Ariano Suassuna  atesta ter circulado pelo estado da Paraíba.

3) "Testamento que faz um macaco, especificando suas gentilezas, gaiatices, sagacidades, etc" (1865), impresso em Recife - autor desconhecido - descoberto pelo pesquisador Orígenes Lessa.

4) "O Imposto do Vintém" (1880) - de João de Sant'Ana de Maria, o Santaninha, poeta que foi descoberto por Sílvio Romero, mas que recebeu  indumentária lavada e bem passada pelos pesquisadores Arievaldo Vianna e Stélio Torquato, no livro: "Santaninha: um poeta popular na capital do Império".

Oba! Império. É essa palavra que eu estava buscando para poder trazer outra informação que achei importante.  Você sabia que o maior escritor da língua portuguesa brasileira, Machado de Assis, tomou conhecimento do cordel? Sim, é ele próprio quem vai nos dizer. É bem verdade que não há nenhuma citação de títulos e autor, mas Machado de Assis cita isso  numa crônica escrita em 1º de agosto de 1877.

Ah,  o cordel! Esta poesia resiliente que vem atravessando os anos, as crises, construindo sua história e com sua estrutura dizendo às gerações de ontem, hoje e amanhã:  eu sou forte!.

Mané Beradeiro

Parnamirim-RN, 11 de maio de 2021.

4 comentários:

  1. Parabéns, poeta e grande pesquisador. Informações valiosíssimas! (Gilberto Cardoso dos Santos)

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  2. Show de bola. Parabéns Martins, pela matéria.

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