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domingo, 8 de setembro de 2019

CRIAÇÃO DO 1° FESTIVAL CULTURAL FURTADENSE

A criação do 1° FESTIVAL CULTURAL
FURTADENSE, por um acaso, foi originada por uma pergunta de um jovem furtadense conhecido por Rodrigo Borges. 

Este jovem enquanto falava publicamente na CASA DE SHOWS RAIO DE SOL, no dia 1° deste Setembro de 2019, anunciando o lançamento de 3 danças furtadenses: a Dança do Índio, a dança do Boi e o Bloco Passarada, fez a seguinte pergunta:

- Qual o nome deste projeto? Estamos aqui diante de um evento e não sabemos que projeto é este!

Alguns minutos depois, por ser um dos participantes da organização do evento, nas funções de compositor das músicas e Comédias do Bloco Passarada, ensaísta, fotógrafo e decorador; fui procurado por 2 jovens furtadenses. A Érica Costeira e o João Batista Corrêa, que é o dançarino intérprete da Dança do Boi. Estes me convidaram para propormos juntos um nome ao nosso projeto cultural que estava pagão. 

Foi a partir daí, com o entusiasmado interesse destes jovens que começei a também me interessar e refletir melhor sobre o assunto. 

De imediato me acendeu uma luzinha na cuca e afirmei que o nosso evento formado pela Dança do Índio, a Dança do Boi e o Bloco Passarada, não era um projeto. Era sim uma coisa pronta e acabada. Faltava apenas criar um nome pra esta coisa. Todos matutamos por um instante. Apresentei a minha proposta:

1° FESTIVAL CULTURAL FURTADENSE. Érica e João Batista nem quiserem pensar mais e aprovaram imediatamente a ideia dizendo: Vai ser este o nome do evento!

Lembrei aos dois jovens que vivemos em uma democracia, cheia de falhas, é verdade, mas que seria mais sensato dar oportunidade para o público presente de escolher outro ou outros nomes para ser votado. 

Esta oportunidades foi data e o nosso público presente também resolveu apoiar o único nome proposto:

Assim nasceu o 1° FESTIVAL CULTURAL FURTADENSE. 

Vale lembrar que; para efeito deste festival ficou decidido que poderá ser feita uma segunda votação para confirmar ou mudar o nome deste evento antes ou durante o próximo festival, acertamos ainda que; o termo FURTADENSE abrange o o território do antigo Distrito de Furtados, ou seja,  RIO FURTADOS, ILHA GRANDE DE FURTADOS, RIO FURTADINHO, RIO MENDARUÇU DE CIMA, RIO PANITÉ, RIO TAMANDUAZINHO, ACARI, SAPATEIRO ...

As orígens deste festival, podemos afirmar que vêm de um primeiro encontro promovido pelo mestre Zenóbio, na Casa de Shows Raio de Sol, do casal Raimundo Serrão e Professora Léia Wanzeler, no mês de Junho deste ano de 2019, onde, além do Mestre Zenóbio, participamos: Maria Antônia Ferreira, Isabel Ferreira, Raimundo Serrão, professora Léia Wanzeler, Maria Moraes dos Santos, Givanildo Batista Wanzeler (Porô), e eu, Flodoaldo Santos.

Fizemos este encontro objetivando: 
- "Atrair crianças, jovens e adultos para que no futuro possam se tornar profissionais identificados com a cultura de seu lugar". Assim escreveu Érica Costeira. 

- Criar uma oficina de artesanato principalmente para formar artesões para dar continuidade a renovação das fantasias do Cordão da Bicharada. Esta ideia foi tentada primeiramente na Vila de Juaba, pelo Mestre Zenóbio, mas não foi bem sucedida;

- promover o resgate de culturas locais que aos poucos vão se perdendo; tais como: construção de barquinhos de miriti e demais brinquedos de miriti; criação de bonecas de pano; criação de artefatos de crochê, etc;

- criação de artesanatos em miniatura de pássaros e outros animais; 

- confecção de artesanatos em miniatura para nossas armadilhas de caça e pesca, tais como: pari, matapi, cacuri, paredão (curral), mundé, etc;

- criação de artesanatos de cuia, por ser esta fruta da cuieira, uma das identidades culturais do furtadense, com a alcunha de RASPA CUIA. 
Neste primeiro contato, o Mestre Zenóbio propôs a confecção de um Bumba Meu Boi para o Rio Furtados e neste primeiro projeto foi auxiliado pelo jovem Givanildo Batista Wanzeler (Porô) e Professora Léia Wanzeler, alunos pioneiros nesta oficina do Mestre Zenóbio. Logo em seguida, foi criado um cavalinho, que seria parceiro do boi em sua dança. Este cavalinho já foi obra do Porô, o mais novo artesão do Rio Furtados. 

Porô criou seguidamente alguns exemplares em miniatura de: papagaio, tucano, beija-flor, arara, garça, camarão, tucunaré e acará-disco.

Daí para a criação do Bloco Passarada foi um passo de gigantes. Mestre Zenóbio criou os onze casais de pássaros, Isabel Ferreira sentou na máquina pra costurar as fantasias, Maria Antônia remou atrás do microfones sem fio e demais apoios da Comunidade e Escolas; madruguei compondo as músicas e comédias, professora Léia, Carmen Leão e eu ensaiamos as 22 crianças com a ajuda indispensável de nossos músicos Raul, Nildo e Nazareno e agora gente ... só nos resta dizer!

PARABÉNS FURTADENSES!

VAMOS AGUARDAR, AMPLIAR E APOIAR O...

2° FESTIVAL CULTURAL FURTADENSE! 

segunda-feira, 10 de março de 2014

Tributo à Bertha Becker, uma das maiores geógrafas brasileiras

Bertha foi uma geógrafa que fez parte de nossa formação acadêmica, mesmo com um dia de atraso, redivulgamos com alegria e consideração este homenagem post mortem do Blog Geografia Opinativa a sua pessoa.

Foto: IISD/DIVULGAÇÃO
Neste Dia Internacional da Mulher, o Geografia Opinativa presta homenagem a uma das maiores e mais respeitadas geógrafas do nosso país: Bertha Becker. Nascida na cidade do Rio de Janeiro, no dia 7 de novembro de 1930, Bertha se destacou no campo da geografia por conta dos seus trabalhos relacionados a Amazônia.

Entre seus pensamentos e legados que duram até hoje, ela defendia a ideia de um desenvolvimento sustentável da amazônia, segundo ela, "a floresta precisa ter valor em pé" e existem meios de rentabilidade econômica através da sustentabilidade da floresta.

Entre seus ideais mais polêmicos, Bertha colocava a Amazônia como uma "floresta urbanizada" que deveria contribuir para o desenvolvimento de cadeias produtivas rentáveis, porém sem a necessidade de destruição. Suas pesquisas teóricas sempre eram mescladas com trabalhos de campo, em que ela fazia questão de ouvir todos os lados e todas as pessoas envolvidas em suas teses, desde índios até habitantes das cidades da Amazônia Legal.

Sua característica não-extremista, estando sempre opostas à ideias assim, a fez ganhar reconhecimento em toda América Latina. Seus trabalhos com foco sobre a maior floresta equatorial do mundo e suas diversas opiniões polêmicas cooperaram com muitos trabalhos pelo desenvolvimento sustentável da região.

Seu fascínio pelo lugar, a levou a explorar todos os cantos da amazônia, inclusive com foco nas grandes metrópoles. Publicou diversos livros em relação a isto, com destaque ao último: "A urbe amazônica entre a floresta e a cidade".

Este grande nome da Geografia Política era professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também fazia parte da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Bertha Becker morreu em julho do ano passado em seu apartamento na cidade do Rio de Janeiro por conta de complicações de um câncer de pulmão, deixando para trás incríveis quase praticamente meio século de contribuições a geografia.

              
                Geografia Opinativa